terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primeiro mês

Hoje meu pacotinho, meu alemão, meu porquinho rosa, meu príncipe, minha razão de viver completa um mês. O primeiro mês de vida, que foi cheio de descobertas (muito mais minhas que dele), adaptações e amor.
Há um mês minha grande espera chegava ao fim e um serzinho que até então só existia na minha barriga e na minha imaginação chegou, eu descobri seu olhinhos puxados, seu cabelinho loiro arrepiado, suas bochechas gigantes, decorei cada dobrinha, cada pintinha no seu rostinho, senti sua pele macia, seus cabelos sedosos, contei dedinho por dedinho.
Há um mês nascia meu grande projeto, um projeto para a vida toda, com recursos ilimitados, prazos sempre em aberto e sem planning e com apenas uma resultado: fazer ele feliz.
Não foi um mês fácil, enfrentamos muitas descobertas, comemoramos cada uma delas, choramos muito por causa dessas cólicas malditas, dormimos quase nada, para mim, e quase tudo, para ele, descobrimos o cheiro um do outro, as manhas que ambos fazemos, as nuances por trás de cada choro. Foi um mês que passou voando (parece que foi ontem que ele chegou) e ao mesmo tempo é como se ele estivesse sempre aqui (parece que faz uma eternidade que ele está aqui).

Que eu nunca esqueça cada momentinho que passei com meu príncipe, que eu consiga lembrar cada coisa que aconteceu nesse mês porque nunca haverá um mês tão forte, tão profundo, tão caótico, tão marcante e singular como esse. Que Deus me permita lembrar dia - a - dia, assim como fico num constante exercício de lembrar a primeira vez que vi a carinha dele, que senti o cheiro, que escutei o choro, lembrar cada momento da vida do meu pacotinho.




“Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de comoamar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente o da incerteza de estar a agir corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo”.

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